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domingo, 5 de junho de 2011

Frau Isle Koch - A nazista colecionadora de peles


Essa é frau Isle Koch, esposa do comandante de Buchenwald, apelidada de Cadela de Buchenwald.

São poucas histórias que realmente conseguem me impressionar muito, e a história desta mulher, é uma delas.
Frau Koch era uma sádica mulher que tinha o poder de vida e morte sobre os prisioneiros de Buchenwald e cujos caprichos podiam custar-lhes terríveis punições.

Os prisioneiros eram mortos e lhes eram retirada sua pele.
As peles dos prisioneiros dos campos de concentração, especialmente os executados para esse fim vampiresco, tinham apenas valor decorativo.

Descobriu-se que ela constituia excelente quebra-luz para lâmpadas, e muitas dessas peles foram dadas a "cadela de Buchenwald".

Um internado alemão, Andreas Pfaffenberger, depôs a respeito perante o tribunal de Nuremberg.

"Ordenou-se a todos os prisioneiros com tatuagens que comparecessem ao dispensário (...) Depois de examinados, eram mortos por meio de injeções os que tivessem melhores e mais artísticos desenhos (tatuados). Os cadáveres eram depois enviados ao departamento patológico, onde eram tiradas as àreas desejadas de pele tatuada, que recebia certo tratamento.
Os produtos eram depois de prontos entreges à esposa de Koch, que com eles mandava fazer abajures e outros ornamentos para casa"

NCA, VI, p. 122-3 (N.D. 3249-PS)

Uma porção de pele, que parece ter agradado muito a sra. Koch, tinha as palavras "Hänsel e Gretel", tatuadas.

Ela foi sentenciada à prisão perpétua no "julgamento de Buchenwald", mas a sentença foi comutada para quatro anos. Foi logo posta em liberdade. Em 15 de janeiro de 1951, um tribunal alemão condenou-a à prisão perpétua por assassínio.

Fotos do julgamento:




Em outro campo, o de Dachau, a procura de tais peles ultrapassava muitas vezes a quantidade de suprimentos. Um médico tcheco prisioneiro, Dr. Frank Blaha, depôs em Nuremberg a esse respeito

"Não tinhamos, às vezes, número suficiente de corpos de boa pele; o dr. Rascher, então, assegurava que os arranjaria. No dia seguinte, recebíamos vinte ou trinta corpos de pessoas jovens. Matavam-nas com um tiro na nuca ou com uma pancada na cabeça, para não danificar a pele (...) A pele devia ser prisioneiros sadios e livres de defeitos."

Ibid., V, p 952 (3249-PS)

Referências literárias:
Ascensão e Queda do Terceiro Reich - O Começo do Fim, de William L. Shirer