sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Kunaton e Nefertiti e o Monoteísmo Solar no Egito



Catorze séculos antes de Cristo, quando a civilização do Egito ainda vivia o seu auge, reinava a XVIII dinastia de faraós, na qual se destacaram as linhagens dos Tutmés e dos Amenófis.
O culto religioso egípcio de então era dedicado a Amon, politeísta, de natureza lunar, portanto anímico, sendo então comandado por uma corte privilegiada de sacerdotes corruptos e fanáticos.
Nesse cenário, assumiu o trono egípcio Amenófis IV, em aproximadamente 1.370 A.C., ainda adolescente e na mesma época ele se casou com a princesa Nefertiti.
Durante o seu reinado, que durou menos de duas décadas, Amenófis IV promoveu uma grande reforma religiosa, ao adotar o culto solar, monoteísta, a Aton, cujo emblema é o próprio disco solar, destituindo o clero amonita e acabando com os seus privilégios.
Por conta disso, Amenófis IV adotou o nome de Kunaton (ou Akenaton)e assumiu o papel do comando temporal e espiritual do Egito, acumulando, assim, as funções de rei e de sacerdote supremo.
Transferiu a capital do país de Tebas para uma região então desabitada, que recebeu o nome de Aketaton (que significa o Horizonte de Aton), onde ordenou a construção de grandes palácios e imponentes templos dedicados a Aton.
A cosmogonia de Aton, solar, era baseada na verdade, na consciência, na emancipação intelectual, e partia de uma concepção universalista, pacifista e, portanto, humanitária.
Tratava-se de uma religião verdadeiramente espiritualista e iniciática, estruturada, sobretudo, no amor-sabedoria.
Conforme essas premissas, podemos perceber, assim, que existe uma grande identidade entre a religião monoteísta solar instituída por Kunaton, e o cristianismo, que surgiria apenas 14 séculos depois, com o advento de Jeoshua (o Jesus bíblico), na Palestina.
E certamente essa semelhança não é casual.
Assim como Jeoshua (o Jesus bíblico), Kunaton foi um Avatara, ou seja, a própria manifestação antropomorfizada do Logos Solar, do Espírito da Verdade, da LEI (Dharma).
E, assim como Jeoshua, Kunaton teve missão sobretudo sinárquica, isto é, de restabelecer a Satya Yuga (Idade de Ouro), tal como florescera outrora no auge da 4ª Raça-Mãe atlante e cujos mistérios até hoje permanecem resguardados na Agartha, de onde promanam as diretrizes do G.O.M (o Governo Oculto do Mundo).
Acerca do tema Sinarquia, recomendamos a leitura dos Posts 8 e 9 sobre Política, publicados nesta página.
Antes de ascender ao trono, Kunaton já havia sido iniciado em uma fraternidade oculta e iniciática egípcia, que era conhecida no mundo profano como Heliópolis (a Cidade do Sol).
O florescimento do Egito como a primeira grande nação e civilização com vistas ao Ocidente foi propiciado pelo fato de os egípcios serem descendentes diretos de parte dos povos que foram poupados das tragédias e cataclismos que provocaram a submersão da maior parte dos continentes onde se desenvolveram as 7 sub-raças da 4ª Raça-Mãe atlante, assim como pela razão de serem depositários da magna ciência atlante, agora reservada apenas aos iniciados na fraternidade de Heliópolis, como Hermes, o Trismegisto, e o próprio Kunaton.
Como tratam os compêndios teosóficos, as manifestações avatáricas ocorrem ciclicamente, em determinadas regiões e entre certos povos, de Oriente a Ocidente e de Norte a Sul, conforme o misterioso Itinerário de IO e sempre se dão de forma dual, masculina e feminina.
Os Avataras, portanto, quando se manifestam, sempre de modo dual, são conhecidos iniciaticamente como gêmeos espirituais ou parelha manúsica; trata-se da mesma consciência, ou seja, da mesma essência, polarizada em dois seres, um masculino e um feminino.
Assim, a rainha Nefertiti não era somente a esposa do faraó, mas a contraparte feminina de Kunaton, refletindo, assim, o mistério dos gêmeos espirituais, que nada mais é do que a avatarização da consciência do Logos Solar manifestada em dois seres, representando os princípios masculino e feminino.
Kunaton e Nefertiti fundaram uma nova ordem secreta, denominada de Ordem Lapis Faraoni, a fim de preservar, ocultamente, a tradição e a simbologia do novo culto solar; tal Ordem, já de feitio claramente maçônico, originou a Maçonaria Egípcia e foi a precursora das futuras fraternidades maçônicas e rosacrucianas surgidas na Europa no decorrer dos séculos.
O trabalho e o empenho de Kunaton e Nefertiti para a fixação do monoteísmo solar no Egito, contudo, foi em vão, pois, com as suas mortes prematuras, os sacerdotes amonistas puderam pôr em prática suas tramas para trazer de volta os cultos politeístas de Amon.
Tanto foi assim que Tutankâmon, sucessor de Kunaton no trono egípcio, restabeleceu o velho culto e rompeu definitivamente com o monoteísmo solar, tendo a tradição do culto a Aton remanescido apenas ocultamente no seio da Ordem Lapis Faraoni.
A cidade de Aketaton e seus majestosos templos dedicados a Aton foram destruídos e iniciou-se o mister de apagar para sempre o nome de Kunaton e da tradição a Aton dos anais históricos egípcios.
Conta a tradição que, quando da sua morte, o corpo de Kunaton foi colocado em um sarcófago de ouro puro, no qual constava o seguinte epitáfio: "O Belo Príncipe, o Eleito do Sol, Rei do Alto e do Baixo Egito, vivendo na VERDADE, Senhor do duplo país, Akenaton, o Belo Filho do Vivo ATON, cujo nome permanecerá para sempre...Chama-me por meu nome pela eternidade e jamais deixarei de responder."

Núcleo37

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